Dentre as discussões típicas dos programas (pseudo) políticos que tenho visto por aqui - ou seja, se Zapatero é ou não um bom presidente, se a crise vai ou não terminar por destruir a Espanha, quem é mais bonito: Rajoy ou Zapatero (essa é brincadeira...) e etc e tal - perguntam a opinião da tal mulher.
* Pausa para um adendo: hoje vi, pela primeira vez na vida, um disque vidente ao vivo. Entendam, ao vivo na televisão, se é que vocês não me haviam entendido. O programa é assim: as pessoas ligam e a fulana (Mãe Fulana?), devidamente paramentada (fantasiada?) bota as cartas. Ela pergunta, se referindo à forma como deve partir o baralho cigano: "De cima ou de baixo?"; "Da esquerda ou da direita?". Em seguida dá as previsões: dinheiro, amor, trabalho, família... Pequena pausa para cara de espanto. (...) Precisa mais comentários? *
Então, voltando, o mediador da mesa redonda, engravatado, pergunta à tal mulher de tailleur o que ela achava que ia acontecer diante da crise, quais seriam os caminhos do PSOE - o partido de Zapatero, a "esquerda" daqui - e o que aconteceria com a vice-presidente do partido. Eu fico esperando, atenta, a resposta da única mulher à mesa, a representante da emancipação e independência feminina, aquela que vai mostrar a sensibilidade aliada à inteligência! A senhora distinta, então, respira fundo e se prepara para responder à pergunta: tira as suas cartas ciganas, vira as três que estão no topo do baralho e diz: "ela não vai mais ser vice-presidente, mas vai seguir tendo um cargo público".
(...)
Pausa definitiva para a cara de espanto.
Um comentário:
Brincadeira ou nao, eu respondo: entre Zapatero e Rajoy, acho que o mais bonito é María Teresa Fernández de la Vega, a tal vice-presidenta.
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