quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Intenso

Eu queria dizer o quao intenso e' dormir em Madri e acordar em Conil de la Frontera, sol pipocando, biquine todos os dias, ouvir espanhol com sotaque fortissimo, flamenco, assim, como se fosse um pagodao na praia, toplesses exagerados..., dormir em Conil e acordar em Sevilha, calor de 41 graus, vento quente, sensacao de ter sido colocada pra secar atras da geladeira, de estar passando por tras de um ar-condicionado, historia espanhola e arabe, igrejas, mesquitas transformadas em igrejas, reis, palacios, paella..., dormir em Sevilha e acordar em Fes, Medina, cheiros, sujeira, ser (muito) enrolado, o barato que fica caro, pechincha, pechincha e pechincha, esgotamento psicologico, choque, arabe e arabes por todos os lados, pobreza, mais calor, couscous, tagine, mesquitas, islam, Alah, burcas... dormir em Fes e acordar no deserto do Saara, areia, calor, areia, calor, areia, calor, camelos, berberes, tunicas, turbantes, estrelas, estrelas, estrelas, estrelas... dormir (duas noites) no Saara e acordar em Marrakech, lindo, lindo, lindo, mais mesquitas, mais Medina, mais turistas, menos sujo, mais palacios, mais arquitetura arabe, mais pechincha e enrolacao, mais bonito, mais cansado... dormir no Marrocos e acordar na Polonia, de 45 para 15 graus, louros, olhos azuis, civilidade e educacao, arquitetura europeia, holocausto, nazismo, comunismo, judaismo, historia viva e recente, garoa, friozinho, outra (boa) comida...

Eu queria dizer o quao intenso e' tudo isso, mas nao da.


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(Eu acentuo o "a" com til e sai "ą". Tento colocar "c" cedilha e sai "ć". Isso e' a Polonia. E a maluca sou eu.)

sábado, 7 de agosto de 2010

Ói nóis aqui!

Em Sevilha.

Morrendo de calor.

Morreeeeeeeendo.

Leque.

3 sorvetes por dia.

É um misto de saudades. Saudades de lá de Madri - porque, definitivamente, nao saciei de Madri - e saudades daí, de casa.

Nao sei, o advento da internet muda as saudades que a gente sente de casa e eu poderia discorrer sobre isso por horas e horas. E poderia também discorrer sobre tantas outras coisas que gostaria de haver discorrido, mas nao o fiz. Aí fico assim. Aqui. No meio termo. No limbo. Com muitas coisas que ficaram como lembranças, outras que vao se apagando, outras que ainda me prometo registrar aqui, com uma viagem que vai correndo, correndo... com perspectivas de outubro, de novembro, com o final do ano, com o natal, o reveillon e os anos que passam.

É a vida.

E eu nao vou corrigir esse post ou sequer relê-lo, é só essa enxurrada confusa e nonsense mesmo.

Nos vemos em Marrakesh?

Amor,

Minha.