domingo, 4 de julho de 2010

Despedidas







E eu chorei como gente pequena. E menor também.

Entrei no ônibus chorando, vi Barcelona se afastar chorando, olhei a estrada chorando por muito tempo.

E cochilei.

E acordei pra chorar. E chorei.

E assim algumas vezes, cochilando e chorando.

E agora, quando acho que já estou curada de tanto choro, que só me sobra a dor de cabeça da ressaca, recebo esse email. E lembro, mais uma vez, das mãozinhas estendidas enquanto eu entrava no táxi, da realização de que, junto com aquelas malas todas, ia eu também, dela dizer: "calma, rapaz,a gente ainda vai se ver". E choro de novo, mais do que eu poderia esperar.

Eu volto...

Amo vocês (por isso sofro) e obrigada por tudo.


****

Esse Bolinha......
Chorou a sua despedida como gente grande.
Depois dormiu e depois acordou.
Levantou, viu a luz no "seu" quarto e foi.
A cadeira vazia ele abraçou confuso.
"Será que amanhã ela vai voltar?"
Ele não esquece um amor. Desde pequeno sofrendo o desencanto, o coração se acostuma à saudade, mas também aprende a cultivar no peito a beleza da amizade.
 
(Só quem nao conhece o amor, nao conhece o sofrimento. Por ai vamos, seguindo em frente. Eu, melhor que antes de você ter vindo, só que menor, com o coraçao encolhido. Só espero haver estado a altura da sua dedicaçao e amizade)
 
Paulo (Carol)