sexta-feira, 23 de julho de 2010

Só mais uma coleguinha chata

Eu não quero ser uma coleguinha chata...

Mas eu sou.

Eu sou mesmo.


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O cúmulo foi um coleguinha do cursoque nada mais faz do que dormir e constranger os que estão interessados – relaxar tanto nas 5 horas de soneca diárias durante a aula, que soltou um peido.

Olha, é isso mesmo que vocês leram. É constrangedor de escrever, é risível, é ridículo, é um monte de coisas, mas a verdade é que o tipo soltou um pum no meio da classe. Claro que foi um pum alto, senão eu não saberia quem era o autor. Graças a Deus não foi um pum fedido... Mas ainda assim foi um pum, e eu e outros ouvimos, e acho que a professora ouviu e fingiu que não ouviu, e, poxa, na moral, né? não basta ele e outros pós-adolescentes entrarem e saírem da sala o tempo todo, reclamarem de absolutamente tudo, virem pra assinar a lista de presença, conversarem, fazerem caras e bocas, ainda essa de soltar pum no meio da aula?

Sinceramente.


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A classe é bem dividida em termos de interesse: dos 21 alunos, metade é interessada e a outra metade é constituída por pós-adolescentes que, para me irritar ainda mais, vieram com bolsa.

Aí os merdinhas ganham passagem, desconto e estadia e ainda vêm reclamar que nós , os outros 10 que pagamos o curso, a passagem e a estadia, fazemos muita pergunta.


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Hoje, ao final de mais uma classe com um ótimo professor – com a diferença de que esse era todo fofo, parecia Papai Noel –, eu tive que ir até ele pedir desculpas. E também olhei enviesado para os coleguinhas que saíam e entravam o tempo todo. E morri de pena do professor-fofo perguntando se havia algo que nos interessava mais, se estava satisfatório, que ele adorava dar aulas, mas que era muito assunto para pouco tempo, que desculpasse qualquer coisa, pois sabia que nem tudo interessava a todos... Teve uma hora que o professor-fofo saiu da sala pra fazer qualquer coisa e deu de cara com o grupinho de pós-adolescentes que faziam absolutamente nada bem na porta da sala. Morri de pena. E depois fui me desculpar pela turma.


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Pois, eu nem queria ser chata. Mas tem como não ser?